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terça-feira, 5 de julho de 2016


Centenário do Dadaísmo

terça-feira, 22 de março de 2016



de certo que farei questões para zunir bigodes maiores estão vivos baleias tigres uvas céu

Do Jeito Que a Vida Quer

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Ninguém sabe a mágoa que trago
No peito, e quem me vê sorrir desse jeito
Nem sequer sabe a minha solidão

É que meu samba me ajuda na vida
Minha dor vai passando esquecida
Vou vivendo essa vida do jeito que ela me levar

Meu Amigo Suicida

quarta-feira, 7 de outubro de 2015


Em memória de Andersonbmx Edgecrusher.
   

 Primeiramente, nada que ninguém viesse a fazer poderia me tirar esta ideia da cabeça. Esta é minha libertação, não de uma dor temporária, mas de minha eterna insatisfação com este mundo. Sei que se eu tomasse uma caralhada de remédio eu ficaria dopado o bastante para aceitar, mas meu problema não é mera tristeza, é sim uma intensa revolta que vive dentro de mim e que prefiro ver morta do que amordaçada. Nos dias atuais me vejo menos infeliz pois tenho trabalhado menos. Meu problema não é o emprego atual, meu problema é na verdade generalizado, é o mundo inteiro. Não me sinto capaz de viver cercado por pessoas, não me sinto capaz de trabalhar, entregar o tempo de minha vida para conseguir nada. Você pode enxergar o mundo hoje como muito bom, mas eu nunca vou. Pode achar que minha vida é muito de boa e que há um monte de gente mais fodida que eu, mas aos meus olhos, todos estamos fodidos. Pelo menos nós os escravos do mundo. Minha morte não veio em um momento de desespero puro e repentino, ou por arrependimento, ou tristeza ou qualquer sentimento temporário irracionalizado. Eu passei por um longo processo de reflexão, alguns podem até dizer que foi uma forma de justificar ou uma racionalização de um ato egoísta e mimimi... mas não, eu pensei e cheguei a conclusão de que não quero viver no mundo atual e ponto final. Nos últimos dias tenho vivido até super de boa, indo a lugares legais, vendo alguns amigos, curtindo meus momentos, experimentando o que seria uma vida onde eu não tivesse obrigação de "produzir" para sobreviver, mas mesmo assim, ainda é um mundo fodido o bastante pra se viver. Minha decisão inclusive pode levar muita gente a achar isso. E minha sinceridade: se você pensa em fazer o que eu fiz, eu te entendo. Não é pra dizer que você não deveria ficar triste pela morte das pessoas ou coisa do tipo, mas se só isso te deixa triste, você está triste por um motivo meio fraco. Hoje, dia 3 (faltando 3 dias) foi quando comprei meu kit de hipóxia. Acordei, fui até a loja que vende cilindros de gás e comprei meu cilindro de 1m³ de nitrogênio, custou R$ 550,00 e a válvula redutora de pressão, que custou R$ 165,00; tentei ir ao banco sacar minhas economias mas qualquer coisa acima de R$ 5000,00 precisa ser notificada na agência com antecedência. Voltei em casa e depois do almoço fui comprar o fluxômetro que custou R$ 52,00 em uma loja de suprimentos médicos, 2 metros de mangueira transparente que me custou R$ 2,25 em uma loja de mangueiras, 2 metros de plástico transparente para encapar cadernos e fita adesiva que totalizou R$ 6,00 em uma papelaria, testei todas as conexões e logo mais farei o capuz, assim que botar um pouco de ordem na oficina. Vai tudo dentro de minha mala. R$ 775,25, este foi quanto paguei pra conseguir uma morte digna, sem dor, sem sofrimento, sem sangue. Ao menos pra mim. Um valor bem razoável. Eu poderia ter comprado alguns metros de corda por uma pequena fração deste preço, mas o resultado pode não ser bonito. Uma arma também era possível no mercado ilegal, mas além do sangue todos ainda tem a chance de falhar. Eu poderia construir uma guilhotina, seria brutal, mas não. Eu poderia ter jogado o carro na frente de um caminhão na contra mão ou de cima de um viaduto, enfim, poderia ter causado algo do tipo, mas não, poderia até ter me jogado na frente de um ônibus. Existem incontáveis formas de acabar com a própria vida, até de fazer parecer um acidente, mas não, prefiro que seja de uma forma segura, inteligente e tranquila, me deem ao menos este crédito. Bom, chegou o dia, estou no hotel que escolhi, confortável, limpo... Ontem o recepcionista ao cadastrar meus dados notou que hoje seria meu aniversário, sujeito super educado como toda essa galera de hotel, queria que as pessoas sempre fossem assim nos seus trabalhos. Acabei de fazer o capuz de plástico, com bastante cuidado e capricho que eu tentava ter com tudo o que eu fazia. Conectei os reguladores de pressão e tudo mais e fiz um teste, respirei por alguns segundos e cara, é muito rápido, a visão escureceu na hora, na verdade respirei um pouco e antes de notar o efeito tirei o capuz, assim que tirei senti a fraqueza no corpo e a visão fez como se reduzissem todas as luzes. Vou voltar nos últimos dois dias. Antes de ontem saí com amigos, conversamos sobre tudo, nos divertimos, comemos (não onde eu havia planejado, pois no restaurante tinha uma fila de 29 mesas de espera, ficamos uma hora e ainda faltavam 15, mas no regrets), ficamos em uma praça por horas e a noite passou maravilhosamente divertida, como eu queria que tantas fossem. Claro que o pensamento estava na cabeça, mas distrair e aproveitar o tempo foi muito bom, notei um certo desconforto por parte de meu grande amigo que sabia que aquilo era um adeus, como eu quero que tudo fique bem com ele, com todos vocês na verdade (a maioria pelo menos né, me conhecem, sabem dos meus rancores). Depois fui levar minha amiga em casa e ficamos mais um bom tempo conversando no carro, assuntos quaisquer, tipo de conversa gostosa, lembranças, eu evitei planos, tenho evitado planos, não queria deixar promessas não cumpridas além de todas que já deixo. Ontem (03/10) foi um ótimo dia, passei a tarde nas preparações finais, de boa, sem nervosismo e a noite separei para visitar alguns amigos, pena que não visitei mais, mas gente, sinceramente, essas coisas temos que fazer enquanto o tempo nos permite, aproveitem uns aos outros agora. Passei na casa de um casal, dei abraços neles, presente, conversei brevemente, que pena, mas acho que deixei uma impressão de tranquilidade, espero que sim. Depois passei na casa de outro casal, uma visita aleatória como tantas que já fiz, deixei mais um presente, conversas rápidas sobre nada de importante, despedida sem cerimônia - gente, eu não queria deixar ninguém me achando estranho, só queria mesmo passar por mais um dia assim, de boa... Daí fui para o aniversário de um amigo e ver pela ultima vez seus pais, levei mais um presente e vi a alegria sincera de uma criança e o reflexo em seus pais... conversas aleatórias e tudo mais, boa comida e chegou novamente a hora de partir, como se estivesse indo trabalhar ou whatever. De lá foi que vim direto para o hotel, no porta malas uma bolsa com tudo o que eu precisava. Chegando aqui era a troca de turno da recepção, minha reserva foi confirmada e subi para o quarto, deixei tudo aqui e fui para visitar mais amigos, horas de conversas e carinhos como sempre, curti cada momento dos meus últimos de verdade, sem me sentir sozinho, me sentindo querido e tudo sabe? Mas como eu já devo ter dito, não era minha intenção me salvar, o problema é que todo o resto dos dias "normais" estraga as memórias desses bons dias, não fosse essas minhas despedidas eu estaria trabalhando, vendo gente estranha, trocando a vida por uns trocados literalmente. Me despedi com um abraço gostoso e fui ver mais uma amiga, uma visita como tantas outras rápidas que fiz, deixei mais um presente, mais uma despedida, um ultimo olhar e na cabeça como com todos, "ultima vez que lhe vejo... adeus, fique bem". Tanta gente que quis eu ver de novo, passar um tempo, dar um abraço, mas espero que nosso último encontro tenha tido isso. Passei no posto, enchi o tanque como fiz em centenas de outros fins de noite e acelerei para casa com a bolsa vazia no porta malas. Em casa os finalizando alguns detalhes, deixei alguns bilhetes e tudo mais, peguei minha mochila com notebook, um telefone, deixei uma calça e camisa favoritas em cima da cama separado para ser minha roupa final. Vim com um tênis velho, bermuda, camisa que adoro, chamei um táxi (Uber NUNCA) e deixei R$ 10 de gorjeta para o arrombado que veio de lá aqui ligado numa porra de rádio fodida do caralho. Passando pelo loby o atencioso recepcionista desejou um feliz aniversário, disse que o dia seria maravilhoso e eu respondi um "com certeza". Aqui estou terminando esse texto sem fim, ouvindo músicas da minha banda favorita, algumas lágrimas rolaram pra não me chamarem de frio... Um alívio me bate, misturado com uma tristeza por saber que vou deixar algumas pessoas marcadas. No final, eu achava a vida uma merda, tentei viver esse finalzinho de boa, mas sempre com a cabeça nesse lugar - é uma merda, e eu fazer isso só prova que nunca deixará de ser. Numa boa, eu até prefiro estar errado sobre o futuro mas se tratando de seres humanos, acho que vem muita merda que eu prefiro não passar por aí, cuidem uns dos outros, be not scrotum! Vou gravar um videozinho, tomar um banho gostoso enquanto upa, mandar umas msgs, liberar todas essas publicações e bom, curti muitos dos momentos, mas outros me trouxeram ao fim. Morri como eu queria, quando eu queria, sem dor, sem sofrimento, vou agora viver nessas suas memórias, por que sabem né? Não existe nada desses deuses e tal. Queria deixar aqui um pedido em nome da minha memória: Por favor, não realizem nenhuma manifestação religiosa em meu funeral, nada de rezar ou falar que fui com deus ou essas merdas, vocês que acreditam nessa merda toda sabem que se isso fosse real eu estaria queimando no inferno essa hora, então respeitem minha memória, se quiserem, pensem e peçam em silêncio, mas nada desse negócio de 'alahuakbar' ou 'aleluia deus é poderoso' na hora de me baixar pra terra. Se possível peçam a funerária que o caixão não tenha ornamentos religiosos, se possível preto (hheheheh) e se rolar, sem flores no caixão, só eu deitado lá com minha calça camuflada velha e surrada, camisa de banda, um tênis confortável, boné? de repente... Façam pensando como eu queria estar. E nada de tocar na minha barba! Zueira, pode encostar, só não cortem! Mais uma coisa, não convidem qualquer pessoa, por favor, não façam convites públicos anunciando o local, mantenham a parada entre conhecidos, ou whatever! E toquem minhas músicas, caralho, metal nessa porra! Adeus.

 

ME EDITA GAVETA

sábado, 30 de maio de 2015

IDIOMA ESQUISITO - NELSON SARGENTO

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Estrambonático, palipopético
Cila lenítico, estapafúrdico
Protopológico,antropofágico
Presolopépipo, atroverático
Batunitétrico,pratofinandolo
Calotolético,caranbolambolu
Posolométrico, pratofilônica
Protopolágico, canecalônica

LOST_WAGES

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Palavras

quarta-feira, 21 de abril de 2010

(Via Lidiane Vaz Lemos)

Ninguém é dono de sua felicidade.
Por isso não entregue a sua alegria, sua paz, sua vida nas mãos de ninguém!
Somos livres e não pertencemos a ninguém, e não podemos querer ser donos dos desejos,da vontade ou dos sonhos de quer que seja.
A razão de sua vida é você mesmo.
Quando sentires um vazio na alma,quando acreditares que ainda esta faltando algo, mesmo tendo tudo, remete os teus pensamentos para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você.
Pare de colocar a felicidade a cada dia mais longe de você.
Não coloque objetivos longe demais das suas mãos.
Abrace o que está ao seu alcance hoje.
Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te.
Você é o reflexo do que pensas diariamente!
Trabalhe,trabalhe muito a seu favor! Pare de esperar a Felicidade sem esforços...
Pare de exigir das pessoas coisas que nem você conquistou ainda.
Critique menos,trabalhe mais. e não se esqueça nunca de agradecer.
Agradeça a tudo.

Reativando

Em 3, 2, 1...

"Odes" (I,, 11.8) - Horácio (65 - 8 AC)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi
finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.
seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,
quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare
Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi
spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida
aetas: carpe diem quam minimum credula postero.

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